Senadores e deputados da oposição protocolaram nesta segunda-feira o requerimento de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (MI) para investigar uma fraude no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), revelada por uma investigação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU). Para que ela seja de fato instalada, porém, é necessário que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), leia em plenário o requerimento. Capitaneada pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), a MI foi uma forma de drible o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que pretendia deixar o pedido de uma I — apenas com deputados — sobre o mesmo assunto na fila de outros requisitos. (g1) 1a314k
O pedido da MI continha s de 223 deputados e 36 senadores, incluindo seis deputados do PSB. Com Alcolumbre na comitiva de Lula na China, o ato de leitura do requerimento deverá acontecer somente na próxima sessão do Congresso, em 27 de maio. (Estadão)
Esquema de desvios contava com call centers , consultorias e corretoras, segundo o relatório da Polícia Federal. (CNNBrasil)
E dois nomes que apareceram nas investigações de fraude bilionária do INSS são familiares dos senadores que integraram a I da Covid, que apurou, entre outras coisas, a compra de vacinas Covaxin superfaturadas da Índia: Mauricio Camisotti e Danilo Trento. A hipótese desses parlamentares é que quando uma negociação com as vacinas da Índia falhou, os envolvidos partiram para o esquema contra aposentados e pensionistas, informa Octavio Guedes. (g1)
O escândalo é um dos mais sérios problemas de imagem já enfrentados pelo atual governo. Uma pesquisa realizada pela Quaest mostrou que o caso apresenta uma repercussão em grupos públicos de aplicativos de mensagens maiores que a da onda de barcos falsos sobre a taxação de transações via Pix. Entre os dias 21 de abril e 7 de maio foram registradas cerca de 3,6 milhões de mensagens sobre o escândalo em 31 mil grupos públicos monitorados por consultoria. (CNNBrasil)
Na avaliação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o escândalo do INSS está “respingando no governo porque houve investigação livre ”. "O controlador-geral agiu corretamente em entregar [o caso] à Polícia Federal. Quando você cria uma controladoria com autonomia, se amanhã um amigo teu, um parente, está fazendo uma coisa errada, ele vai junto. E graças a Deus que funciona assim", disse Haddad, acrescentando que o presidente Lula quer "uma vingança exemplar" para as fraudes. (UOL)
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