A primeira turma do STF tornou réus nove militares e um agente da Polícia Federal que teriam participado da trama golpista após as eleições de 2022. Os acusados integram o chamado “Núcleo 3”, considerado pela Procuradoria-Geral da União como o núcleo de “ações coercitivas”. Entre os militares estão integrantes dos chamados “kids pretos”, especialistas em operações especiais. Segundo as investigações, esses militares seriam os responsáveis pelos assassinatos de autoridades previstos nos planos golpistas. Os alvos seriam o ministro do Supremo Alexandre de Moraes, à época também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice Geraldo Alckmin. (Estadão) 276j3z
Pela primeira vez o relator do processo, o próprio Moraes, rejeitou a denúncia contra dois dos acusados de participarem da tentativa de golpe. Os demais integrantes da primeira turma acompanharam seu voto e não aceitaram a denúncia contra o coronel da reserva Cleverson Ney Magalhães e o general Nilton Diniz Rodrigues por “falta de justa causa”. (UOL)
Moraes afirmou que houve um atentado à democracia e ironizou a situação, dizendo que, se o golpe tivesse dado certo, o STF não estaria analisando o caso: “Eu dificilmente seria o relator, talvez aí a minha suspeição fosse analisada pelos kids pretos”. (Globo)
Em seu voto, Moraes destacou que os acusados quebraram a hierarquia nas Forças Armadas e coagiram o comandante do Exército na tentativa de levar a cabo o plano golpista. (Folha)
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